da BBC, em Londres
Muitos analistas e políticos no Oriente Médio dizem que os Estados Unidos, e também potências européias, são os grandes responsáveis pelo crescimento dos movimentos islâmicos na região.A lógica desses críticos é que os americanos primeiro incentivaram governos ditatoriais seculares, que por sua vez sufocaram a oposição. Agora que os americanos começam a forçar essas mesmas nações a promover uma abertura política, o único movimento que sobreviveu com força para reagir foi o religioso."No Iraque, os americanos erraram muito ao fazer alianças com líderes tribais e com grupos religiosos e limitar a ação dos seculares. Pareceu a coisa mais fácil a fazer na hora, mas os problemas que isso criou são enormes e difíceis de ser revertidos", crítica o editor do jornal iraquiano Al-Sabah Al-Jadid, Ismail Zaier, que apoiou a derrubada de Saddam Hussein, mas diz que os Estados Unidos estão fazendo tudo errado no país.No Ocidente também há quem coloque grande parte da culpa nos Estados Unidos – principalmente analistas e políticos mais à esquerda – mas há também defensores das políticas adotadas pelos americanos."Isso (acusar os Estados Unidos) reflete uma tendência de muitos intelectuais do Oriente Médio de exportar todos os problemas e suas causas para fontes fora da região, diz argumenta o especialista em Oriente Médio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, de Washington, Anthony Cordsman."O que vimos em muitas áreas é uma grande falha da parte de governos seculares de atender às necessidade de seus povos e manter uma imagem de integridade.”
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
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